KRAHÔ Takaywrá
Em decorrência do massacre de 1940 nas aldeia Krahô acarretou a separação do nosso povo com o povo Krahô. Após essa saída do nosso povo (Florêncio), nos instalamos em um localidade próximo a área indígena Xerente (Município de Tocantínia) por nome de Jenipapo, próximo à aldeia Porteira. Posteriormente, nosso povo se estabeleceu na Serra do Carmo, porção centro-oeste do estado do Tocantins, próximo ao local onde anos mais tarde seria construída a capital Palmas.Daí então viemos para a região de Cristalândia, a partir de então nosso povo habitou diversas localidades pertencentes ao município de Cristalândia, por fim moramos em uma localidade por nome Jatobá, que fica na beira do rio Tariberó.
Na era de 50, no período do verão era preciso tirar o gado de onde morávamos e levar para onde se tinha pasto, pois morávamos em uma região de cerrado, difícil de pasto. Foi em uma dessas época que nosso povo encontrou um parente índio que andava pescando, e ele nos perguntou: Porque nós pagávamos pasto para o gado, se tinha outro lugar que era "nosso" e que não tínhamos que pagar.
Foi então que ele nos mostrou uma terra que tinha muito pasto, água, além de muita caça, peixe e que não era habitada.
Foi então que conhecemos a "mata-alagada/lago da praia", e passamos então a construir, mas ficou como retiro de verão, , mas logo mudamos de vez, levando as crianças e mulheres.
Fizemos a aldeia, roças, era um lugar que tínhamos fartura de alimento. Mas anos mais tarde, fomos ameaçados por um fazendeiro que se dizia ser o dono dessas terras. Como já tínhamos passado por situações parecidas na região de kraolândia, então não tivemos como resistir e fomos expulso da nossa terra, "mata-alagada".
A partir daí, nosso povo, Krahô Takaywrá, está determinados a manter nossa cultura, resgatar o que perdemos e lutar por nossas terras.
"krahô Takaywrá" é o nosso nome real, que significa o povo que pertencemos e nossa aldeia de origem: